Por Kamilla Abely
Buscando promover a empregabilidade de jovens e fortalecer o mercado de tecnologia do estado, o Governo de Alagoas lançou a segunda etapa do Programa OxeTech Work, que contempla a abertura de 200 novas vagas de emprego na área. O edital já está disponível para consulta e os interessados podem acessar através do site oxetech.al.gov.br.
As vagas são para qualquer jovem que tenha afinidade com a área, seja para quem possua alguma formação (graduação, pós-graduação) ou não esteja cursando nenhum curso relacionado à tecnologia. Empresas como Senai, City, Doity, Handtalk, Timmy estão participando para fazer contratações.
Para promover a formação nos diversos cursos ofertados pelo OxeTech, o governo paga seis meses de salário do profissional, no valor de R$ 1.500,00. A empresa contratante assume o pagamento apenas a partir do sétimo mês, podendo realizar a efetivação desse colaborador. O programa conta com sete laboratórios onde estão desenvolvidos cursos de programação. A formação é realizada nas modalidades on-line e presencial.
O secretário estadual da Ciência, da Tecnologia e da Inovação (Secti) de Alagoas, Silvio Bulhões, enfatizou que o programa beneficia tanto os estudantes e profissionais quanto as próprias empresas do segmento. “O OxeTech Work também gera oportunidade para as empresas contratarem os profissionais que estão sendo formados. Então nós aproximamos quem está querendo aprender e oferecemos a oportunidade no mercado de trabalho, com qualificação na prática, contando com o suporte técnico da Secretaria e conhecendo o dia a dia de uma empresa de tecnologia”, destacou Silvio.
O governador do estado, Paulo Dantas, também ressaltou a importância do projeto. “O OxeTech é extremamente democrático e inovador, dando oportunidade de inclusão no mercado de trabalho para nossos alunos e profissionais da área de tecnologia”.
Entre as iniciativas de promoção do empreendedorismo tecnológico no estado, Dantas aproveitou o lançamento do OxeTech para informar que o Executivo enviou à Assembleia Legislativa o novo Projeto de Lei de Incentivo à área de Ciência, Tecnologia e Inovação em Alagoas.
“A lei em vigor é de 2009 e, portanto, antiga frente ao avanço rápido da tecnologia. Nosso projeto oferece um novo marco legal, acompanhando a inovação de startups e permitindo que o estado crie artifícios para desenvolver ainda mais esse ecossistema de inovação”, destacou o secretário da Secti.
Oportunidade
Durante o evento, alguns estudantes aproveitaram para trazer seus projetos desenvolvidos em sala de aula. Esse foi o caso da aluna do Instituto Federal de Alagoas (IFAL), Laura Germano, 18 anos, que dentro do curso técnico de Meio Ambiente também uniu a programação para montar um projeto dentro do campus Marechal Deodoro. A iniciativa foi destaque em 2022 entre os campeões do edital do Poder Judiciário de Marechal Deodoro.
“Tive a ideia de construí-lo quando a cidade de Marechal Deodoro foi atingida pela cheia e vi a oportunidade de ajudar as pessoas diretamente afetadas”, conta Laura. O projeto consiste em um aplicativo que coleta os dados sobre o aumento do nível da lagoa e os disponibiliza para o IFAL e para as prefeituras vizinhas. Com os alertas, as pessoas das cidades ribeirinhas podem ser avisadas acerca do risco e podem ser retiradas das áreas afetadas, antes que aconteça uma tragédia natural;
Já os graduandos em Ciência da Computação, Pedro Henrique (19) e Paulo Vieira (19), também do IFAL, aproveitaram o evento para conectar-se com pessoas e empresas do setor, em busca de oportunidades de estágio.
“Vimos que havia novas oportunidades. Estou cursando o segundo período do curso e buscando minha primeira experiência na área como desenvolvedor web”, afirmou Pedro.
Sobre o programa
O Oxetech Work é coordenado pela Secretaria da Ciência, da Tecnologia e da Inovação e já formou mais de 500 jovens em Alagoas. A plataforma OxeTech foi desenvolvida por meio de uma parceria entre o Governo de Alagoas, por intermédio da Secti, e o Laboratório de Computação Científica e Análise Numérica (LaCCA), da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). O programa é executado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal).