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10 de outubro de 2024 13:16

Veja quais cidades mais cresceram e quais mais diminuíram na Bahia em 2021

Veja quais cidades mais cresceram e quais mais diminuíram na Bahia em 2021

Dados são das Estimativas das Populações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Por Correio da Bahia

Já se sabe quais são as cidades que mais cresceram e as que mais diminuíram em contingente populacional no estado da Bahia em 2021. A lista não é baseada em censo ou pesquisa e foi construída pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nas Estimativas das Populações que, por lei, precisam ser divulgadas anualmente. Para definição do ranking, o IBGE fez uma projeção através de um cálculo que é baseado na tendência de crescimento apresentada pelos municípios nos últimos censos demográficos e no quantitativo geral da população da Bahia.

Cálculo este que colocou a cidade de Brotas de Macaúbas, localizada na microrregião da Chapada Diamantina, a 613 km de Salvador, como destaque do estado em 2021. O município de Brotas, entre os 417 em todo estado, foi o que mais cresceu em contingente populacional neste ano, com uma variação de 5,8%, que foi influenciada por uma vitória da cidade no Supremo Tribunal Federal (STF) pela incorporação de comunidades que antes não a pertenciam e o movimento contínuo de retorno das pessoas que deixaram Brotas rumo a grandes metrópoles no passado.

Crescimento baseado em oportunidade

O caso da cidade que mais cresce no estado, no entanto, é uma exceção se considerados os dados do IBGE, que apontam para um crescimento contínuo de cidades de médio porte e um esvaziamento progressivo dos municípios menores, como explica Mariana Viveiros, supervisora de disseminação de informações do instituto.

“A tendência de crescimento é maior entre as cidades médias. As grandes como Salvador e Feira crescem menos. Enquanto, as menores têm uma tendência de perda da população. Isso é uma característica constante que verificamos não só na Bahia como em todo o país”, aponta.

Ser de médio porte é justamente a característica das duas cidades que estão em segundo e terceiro no ranking de crescimento. No caso de Luís Eduardo Magalhães, o prefeito Junior Marabá (DEM) diz que são as oportunidades de emprego que atraem os novos moradores.”Luís Eduardo tem trabalhado para atrair indústrias têxteis e negócios de beneficiamento dos produtos daqui, que são o algodão, a soja e o milho. Nossa cidade é muito rica, e antes essa renda não chegava na base da pirâmide. Agora, trabalhamos para que o que é gerado aqui, se transforme em emprego e renda para quem chega por aqui”, diz o gestor.
Em Camaçari, de acordo com o prefeito Elinaldo Araújo da Silva (DEM), as razões que fomentam o crescimento são parecidas. Segundo ele, os dados apenas refletem uma realidade que vem se firmando na cidade e a prefeitura está atenta para dar assistência a quem chega por lá. “Nosso município tem sido cada vez mais um polo de atenção e investimento no estado, seja pela nossa Costa, que é muito privilegiada, seja pelo nosso potencial industrial e econômico. Buscaremos sempre um crescimento sustentável, de forma que possamos alinhar sempre desenvolvimento com garantia de serviços públicos de qualidade para o nosso povo”, garante.
Reprodução: José Carlos Almeida – Prefeitura de Camaçari

Cidades em queda não respondem

No outro lado da tabela, onde estão as cidades que mais perderam cidadãos ao longo do ano, segundo o cálculo matemático que usa os censos de 2000 e 2010 e a população projetada do estado em 2018 para gerar a tendência de crescimento, quem se destaca é Maetinga, que teve uma redução na população de 13,68% no levantamento, seguida por Ribeirão do Largo com 8,37% de encolhimento e Barra do Mendes com 5,10% de queda.

Líderes em encolhimento quando o assunto é população, as prefeituras de Maetinga, Ribeirão do Largo e Barra do Mendes foram procuradas pela reportagem para falar sobre as razões da diminuição no contingente populacional, mas não responderam até o fechamento desta matéria. Principalmente, no caso de Maetinga, que perdeu 13,68% da sua população só esse ano na estimativa, a situação assusta, mas não é tão grave como parece. Pelo menos, é o que garante Mariana Viveiros.

“Cidades como essas têm uma queda percentual nesse nível porque possuem poucos habitantes. A porcentagem assusta, mas o número nem tanto”, alerta Mariana.

No fim de 2020, 2.764 cidadãos residiam em Maetinga. Agora, o número caiu para 2.386 e manteve a cidade como a menor em população de toda a Bahia.

Para Ribeirão do Largo, a queda foi menor em porcentagem e maior em números totais; saiu de 5.343 para 4.896. Em Barra do Mendes, eram 13.833 moradores e, agora, são 13.128. Mariana também explica essa evasão perene em cidades menores. “De forma geral, as cidades muito pequenas não conseguem reter a população porque, muitas vezes, tem uma economia sem dinamismo e se baseiam, basicamente, em administração pública. Além disso, não oferecem oportunidades de trabalho e nem a opção de continuação dos estudos para jovens que costumam sair desses lugares”, conclui.

*Com orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro

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