Com o avanço das obras nos lotes 4 e 5 da Transnordestina, a competitividade do Nordeste ganha um novo impulso, tornando a região ainda mais atrativa para investimentos. A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), principal financiadora do empreendimento, já vislumbra oportunidades estratégicas para atrair empreendedores interessados no potencial logístico da ferrovia.
A Transnordestina, considerada a maior obra linear do país, recebeu significativo investimento da Sudene, que aportou R$ 3,8 bilhões por meio do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE). O diretor de Fundos, Incentivos e de Atração de Investimentos da Sudene, Heitor Freire, destaca a importância do projeto ao conectar a região a diversas cadeias produtivas, tornando-se um ponto crucial para o escoamento de produção.
“A Transnordestina é hoje a maior obra linear do país. Um investimento fomentado inclusive com recursos da Sudene, que aportou R$ 3,8 bilhões através do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE). É um projeto que liga a região com o mundo porque movimenta diversas cadeias produtivas”, disse.
Com a autorização das obras nos lotes 4 e 5, a Sudene planeja estratégias para atrair novos investimentos nas áreas de infraestrutura, agricultura e indústria de transformação. Heitor Freire ressalta a necessidade de uma abordagem integrada entre iniciativas pública e privada para potencializar o impacto positivo da ferrovia no desenvolvimento econômico regional.
Ao exemplificar o potencial econômico, Freire destaca o município de Eliseu Martins (PI), um grande produtor de soja, cuja produção será escoada até o porto do Pecém (CE), próximo à Europa e África. Além disso, a Sudene enfatiza as oportunidades para atrair grandes empresários interessados em estabelecer novos negócios e projetos na região, aproveitando a estratégia logística da Transnordestina.
O trecho cearense da ferrovia, entre Acopiara e Quixeramobim, receberá investimentos de R$ 1 bilhão, gerando 1.300 empregos diretos e expectativa de 2.500 postos de trabalho indiretos. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) destaca que cerca de 70% da fase 1 do projeto já está concluída, com a fase 2 programada para finalizar até 2029, totalizando 1206 km de extensão.
Com o progresso da Transnordestina, a Sudene acredita que seu portfólio de instrumentos voltados ao setor produtivo ganhará maior relevância. Oferecendo taxas competitivas e incentivos fiscais, a Sudene prevê um cenário propício para a atração de novos negócios e investidores internacionais interessados no potencial da região.
O superintendente da Sudene, Danilo Cabral, destaca a necessidade de um planejamento integrado, envolvendo o Governo Federal, a iniciativa privada e a sociedade. Cabral ressalta que a Sudene antecipa-se para mapear oportunidades de investimento decorrentes da Transnordestina, considerada a maior obra do Nordeste brasileiro e do Programa de Aceleração de Crescimento. O gestor enfatiza o constante debate e ações transversais para otimizar o acesso ao crédito e aprimorar estudos, visando benefícios diretos para a população impactada pela obra.