O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou a redução do valor mínimo financiável de sua principal linha de crédito voltada à inovação nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. O programa BNDES Mais Inovação, que antes oferecia um valor mínimo de R$ 20 milhões, agora disponibiliza R$ 10 milhões.
A decisão foi divulgada uma semana após a visita de três dias ao Ceará de Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, que se reuniu com representantes do setor privado, governo estadual e Banco do Nordeste entre os dias 13 e 15 de maio.
“O objetivo estratégico do governo do presidente Lula é promover o desenvolvimento econômico e social em todo o país e reduzir as desigualdades regionais. Com essa medida, queremos ampliar o acesso ao crédito do Banco para mais empresas das duas regiões e estimular investimentos em pesquisa e desenvolvimento”, afirmou Mercadante em entrevista ao jornal O Povo.
Historicamente, as regiões Norte e Nordeste enfrentam um déficit de desenvolvimento, com uma predominância de fábricas voltadas a setores básicos e de baixa qualificação. Essas áreas necessitam de estímulos para superar as diferenças na indústria e em outros setores produtivos.
A linha de financiamento ajustada pelo BNDES utiliza recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e está dividida em três subprogramas: investimento em inovação, aquisição de bens inovadores e difusão tecnológica. Nessas frentes, o BNDES apoia exclusivamente iniciativas relacionadas à nova Política Industrial ou políticas nacionais ligadas ao meio ambiente, plantas pioneiras, difusão tecnológica, digitalização e parques tecnológicos.
“Uma das missões da Nova Indústria Brasil é fomentar a inovação no país. Portanto, essa iniciativa é um estímulo concreto para viabilizar projetos inovadores fora dos grandes centros”, defendeu José Luís Gordon, diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES.
Com o avanço das energias renováveis, especialmente o hidrogênio verde, a expectativa é que o Nordeste se beneficie do processo de reindustrialização do país, conforme mencionado por Mercadante durante sua visita ao Ceará. Tanto o BNDES quanto o Banco do Nordeste do Brasil comprometeram-se a acompanhar e incentivar o crescimento dessa nova indústria na região