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10 de outubro de 2024 14:11

Porto no Maranhão recebe primeira operação de abastecimento de navios em ancoragem externa do país

Porto no Maranhão recebe primeira operação de abastecimento de navios em ancoragem externa do país

Bunker One e Acelen uniram forças para oferecer abastecimento em ancoragem externa no Porto do Itaqui, impulsionando o potencial do complexo portuário e a competitividade do Brasil como hub de abastecimento marítimo.

A Bunker One, líder no mercado de comercialização de combustíveis marítimos, e a Acelen, a maior refinaria produtora desses combustíveis no país, firmaram uma parceria estratégica visando estabelecer a única operação de abastecimento em ancoragem externa no Brasil. A partir deste mês, grandes embarcações, incluindo cargueiros e petroleiros, terão a possibilidade de serem abastecidas na região de fundeio do Porto do Itaqui, localizado na Baía de São Marcos, em São Luís do Maranhão.

Porto de Itaqui, no Maranhão | Divulgação

Atendimento estratégico no Porto do Itaqui

O Porto do Itaqui, sendo um centro estratégico para o comércio internacional, particularmente para exportações de matérias-primas como ferro e soja, bem como para a distribuição de produtos petrolíferos no mercado interno, agora oferece uma nova alternativa de abastecimento para diversas rotas, incluindo aquelas com origem e destino na Europa e nos Estados Unidos.

O abastecimento é realizado por um navio-tanque, sem a necessidade de ancoragem interna, o que pode reduzir significativamente o tempo de permanência das embarcações no porto e, consequentemente, os custos associados às taxas portuárias. Este serviço poderá atender até dois navios por dia, considerando a duração de cada operação e as particularidades de cada abastecimento.

Impulsionando o crescimento

Flavio Ribeiro, CEO da Bunker One Brasil, destacou a importância dessa iniciativa. “Essa parceria vai proporcionar um crescimento da nossa operação no Brasil em cerca de 30%. E não se trata apenas de mais uma linha de atuação ou área geográfica coberta, mas o início de uma promissora aliança, que tem o potencial de oferecer novas soluções para a indústria de shipping na América Latina”, afirmou.

O fornecimento de combustíveis marítimos na região também impulsionará o potencial do complexo portuário de Itaqui, que registrou um crescimento médio de 9% ao ano nos últimos cinco anos.

Competitividade para a região

Cristiano da Costa, vice-presidente Comercial, Trading e Shipping da Acelen, ressaltou que essa parceria comercial contribuirá para o crescimento da região, aumentando a oferta e a competitividade do Brasil como opção de hub de abastecimento de combustíveis marítimos. Segundo ele, essa colaboração é uma excelente oportunidade para tornar o abastecimento de bunker na região de São Luís do Maranhão mais competitivo.

Para o mercado, a possibilidade de abastecer na área de fundeio representa uma alternativa logística atraente e eficiente, uma vez que não interfere nas operações de carga e descarga nos terminais, otimizando o tempo de espera e reduzindo custos e taxas portuárias.

Conveniência para Embarcações de Longo Curso

Fillippe Fernandez, diretor de Combustíveis da Bunker One Brasil, explica que a abordagem de abastecimento em ancoragem é particularmente conveniente para determinados tipos de embarcação. “É uma opção muito conveniente para embarcações de longo curso e cabotagem que queiram optar pelo chamado Bunker Only Call, quando o navio se direciona àquela localidade apenas para abastecer”, comenta Fernandez.

A operação será conduzida pela Nova Offshore, uma subsidiária da Bunker One, que afretou um navio-tanque altamente equipado e possui uma tripulação especializada para executar esse tipo de abastecimento. Além disso, medidas rigorosas de segurança estão em vigor, incluindo requisitos para evitar vazamentos de óleo, bem como um contrato de resposta em caso de emergência.

Para garantir a excelência nas condições de operação, as duas empresas investiram em estudos meteoceanográficos das áreas de fundeio e de aproximação e amarração das embarcações. Esses estudos utilizaram dados nacionais e internacionais para analisar ventos, rajadas, ondas e correntes, proporcionando operações no mais alto padrão de fornecimento.

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