A taxa de inadimplência no Nordeste registrou 4,08% em julho, representando uma queda de 0,42 pontos percentuais (pp) nos últimos 12 meses. Em relação a junho, quando a taxa era de 4,13%, houve uma leve melhora. Esse desempenho foi puxado pela redução da inadimplência entre pessoas físicas, que apresentou uma queda de 0,76% no mesmo período.
Os menores índices de inadimplência no mês de julho foram observados no Piauí (3,37%) e em Sergipe (3,85%), ambos com taxas abaixo da média regional.
De acordo com o Banco Central, a taxa média de juros nas operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional, incluindo recursos livres e direcionados, foi de 27,67% ao ano em julho de 2024. Nos últimos 12 meses, essa taxa já caiu 3,3 pp
Alisson Martins, economista e gerente executivo de macroeconomia do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene) do Banco do Nordeste (BNB) afirma que desde a redução da taxa Selic, referência para a economia, as taxas de juros do crédito seguiram uma trajetória de queda. “No entanto, a recente interrupção da queda da Selic gerou estabilidade nas taxas de juros nos últimos meses”, complementa.
O spread bancário, que reflete a diferença entre os juros de captação e aplicação de recursos, atingiu 18,47% em julho de 2024, também apresentando recuo nos últimos 12 meses (-3,0 pp). O spread para pessoas jurídicas foi de 8,85%, enquanto o spread para pessoas físicas chegou a 23,15%.
“No Nordeste, a expectativa é de que a inadimplência continue em queda, acompanhando a recuperação do mercado de trabalho, o aumento da renda e a inflação controlada, o que deve fortalecer o mercado de crédito na região”, diz Alisson.