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12 de fevereiro de 2025 06:49

Ceará terá biofábrica de mosquitos para controle de arboviroses em 2025

Ceará terá biofábrica de mosquitos para controle de arboviroses em 2025

Fábrica de ‘mosquitos do bem’ será instalada no estado para combater a transmissão de dengue, zika e chikungunya

Uma biofábrica destinada à produção de mosquitos Aedes aegypti infectados com a bactéria Wolbachia será construída no Distrito de Inovação em Saúde, no Eusébio, Região Metropolitana de Fortaleza, Ceará. O projeto faz parte das ações do Ministério da Saúde para controle de arboviroses, com um investimento nacional de R$ 1,5 bilhão. A obra está prevista para início em janeiro, com funcionamento até o final de 2025, segundo o pesquisador Odorico Monteiro, da Fiocruz.

A Wolbachia é uma bactéria que impede a transmissão de vírus como dengue, zika e chikungunya pelo Aedes aegypti. Os mosquitos modificados, conhecidos como “mosquitos do bem”, serão distribuídos em 1.794 municípios do Nordeste, beneficiando cerca de 55 milhões de pessoas.

Estratégia faz parte das ações do Ministério da Saúde. Foto: imagem ilustrativa/Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas

A biofábrica cearense contará com tecnologias desenvolvidas em parceria com o Instituto de Biologia Molecular do Paraná e a Universidade de Monash, na Austrália. A empresa Wolbito do Brasil será responsável pela produção de ovos e mosquitos. A metodologia utilizada consiste em liberar mosquitos infectados com Wolbachia para cruzarem com mosquitos selvagens, reduzindo a transmissão de arboviroses.

O projeto prevê também a contratação de profissionais e a capacitação de equipes nos municípios atendidos. A tecnologia, já usada em países como Austrália e Colômbia, resultou em quedas superiores a 90% nos casos de dengue. Em Petrolina, Pernambuco, já tem a tecnologia em uso. E em Natal, o projeto está em fase de implementação.

No Ceará, 11.823 casos de dengue foram confirmados em 2024, segundo a Secretaria de Saúde do Estado. Apesar de uma imunidade parcial ao sorotipo 2 da dengue, especialistas alertam para a possibilidade de novos surtos, devido às condições climáticas favoráveis à reprodução do vetor na região Nordeste.

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