Em um leilão realizado nesta terça-feira (21) na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), três áreas do Porto do Recife foram arrematadas por empresas interessadas em desenvolver operações estratégicas na região. O certame, promovido pelo Ministério de Portos e Aeroportos em parceria com a Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq), resultou em um compromisso de investimento total de aproximadamente R$ 56 milhões.
As empresas vencedoras foram selecionadas com base no maior valor de outorga oferecido, demonstrando um forte interesse no desenvolvimento das áreas portuárias. Entre os terrenos leiloados, a área REC 08 foi adquirida pela Liquiport, operadora de grãos, que pretende utilizar o espaço para armazenar malte e cevada, atendendo ao crescente polo cervejeiro do estado. A Liquiport, que concorreu sozinha, ofereceu R$ 50 mil em outorga e planeja investir R$ 50,9 milhões na área.
Já a área REC 09, com 7.800 m², foi disputada por duas empresas, sendo arrematada pela Usina Petribu, que vai operar um terminal de açúcar no local. A empresa ofereceu uma outorga de R$ 550 mil e prevê um investimento de R$ 2,2 milhões.
O REC 10, com 4.400 m², também foi alvo de concorrência, sendo vencido pela SCS Armazéns Gerais. A empresa vai operar um armazém de carga geral, com foco em barrilhas, um insumo essencial para indústrias como Vivix e Moura. A SCS Armazéns Gerais pagou R$ 3,6 milhões de outorga e investirá R$ 2,9 milhões.
Compromisso e desenvolvimento
Presente no leilão, o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Guilherme Cavalcanti, expressou sua gratidão aos investidores. “Agradecemos os investidores pelo compromisso com o desenvolvimento do País e com a geração de emprego e renda”, afirmou. Ele ainda destacou que o sucesso do leilão reflete o novo momento vivido por Pernambuco e pelo Porto do Recife. “As empresas participantes e vencedoras mostraram, com o leilão, a renovação de seus compromissos ou, em alguns casos, refizeram suas apostas no Estado.”
O presidente do Porto do Recife, Delmiro Gouveia, também comemorou o resultado, ressaltando o trabalho de mais de um ano na construção do leilão. “Conseguimos desenhar uma modelagem que fortalece o Porto e a economia de Pernambuco”, afirmou.
Perspectivas para o futuro
O ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, se mostrou entusiasmado com o sucesso do leilão e seu impacto na agenda portuária do país. “O leilão dessas cinco áreas foi muito importante para a agenda portuária e, sem dúvida alguma, vai ajudar no fortalecimento dos nossos portos”, disse o ministro.
Silvio Costa Filho informou que está trabalhando ao lado da Antaq e do Tribunal de Contas da União (TCU) para realizar o leilão de, pelo menos, 30 novas áreas em todo o país até o final de 2026, com investimentos previstos de R$ 15 bilhões. Para este ano, mais dois leilões já estão programados, um em outubro e outro em dezembro. “Só no setor de contêineres, o crescimento nos primeiros seis meses deste ano foi de 22%”, destacou o ministro. Ele ainda acrescentou: “Essa é a prova que o governo do presidente Lula dialoga com o setor produtivo.”