O Banco do Nordeste (BNB) anunciou a liberação de R$ 65 milhões para o financiamento de sistemas voltados à energia solar, com foco exclusivo em residências. Além disso, o banco também oferece, por meio do Programa FNE Verde, uma linha de crédito destinada a empresas de diversos setores, incluindo indústria, comércio e serviços.
Em nota enviada ao Investindo por Aí, a assessoria de imprensa do BNB destacou o impacto econômico esperado na cadeia produtiva de energia solar, incluindo fabricantes e prestadores de serviços.
“O Programa FNE Verde permite que empresas de qualquer porte e setor, como industrial, agroindustrial, comércio, serviços e rural, financiem até 100% dos equipamentos fotovoltaicos. Os critérios de financiamento variam conforme o segmento e porte do cliente,” informou a assessoria.
Impacto econômico e cadeia produtiva
Apesar do valor inicial de R$ 65 milhões ser exclusivo para residências, o Programa FNE Verde é uma solução para empresas interessadas em adotar energia solar, com prazos e condições que permitem a transição para uma fonte de energia sustentável e economicamente vantajosa. A assessoria destacou o impacto positivo na cadeia produtiva, abrangendo desde fabricantes de equipamentos até instaladores e prestadores de serviços. “Esse incentivo movimenta a economia, gerando emprego e estimulando a produção e comercialização de equipamentos para energia solar, além de serviços especializados,” ressaltaram.
Com a crescente demanda por sistemas fotovoltaicos, impulsionada pela crise energética e pelas tarifas elevadas de energia elétrica, o setor tem visto uma expansão considerável. “O financiamento de sistemas solares também traz uma oportunidade de movimentar o setor econômico de forma mais ampla, já que a instalação de equipamentos requer serviços e materiais específicos que são fornecidos por empresas locais,” comentou a assessoria.
Produção de energia solar e contexto atual
Em termos de impacto na produção de energia solar, o Banco do Nordeste preferiu não fornecer estimativas específicas sobre a capacidade de geração em megawatts (MW) sem consulta prévia ao Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (ETENE). Entretanto, a assessoria reforçou que o programa está alinhado com o objetivo de promover a diversificação da matriz energética da região, reduzindo a dependência das hidrelétricas, que têm sofrido com a escassez de água.
“A crise hídrica, que afeta o nível dos reservatórios e aumenta a necessidade de acionamento da tarifa vermelha, ressalta a urgência de investir em alternativas sustentáveis como a energia solar,” destacou a equipe do Banco do Nordeste.
Expectativa para o futuro
O financiamento oferecido pelo banco, com prazos de até oito anos e carência de seis meses, foi desenhado para facilitar o planejamento financeiro das empresas e residências. As parcelas, em muitos casos, ficam abaixo do valor da conta de energia elétrica, o que torna o investimento ainda mais atrativo.
“A expectativa é que, com o apoio do FNE Verde e do financiamento residencial, o setor de energia solar continue a crescer, gerando emprego, desenvolvimento econômico e ajudando a aliviar a dependência de fontes de energia tradicionais”, concluiu a assessoria de imprensa do Banco do Nordeste.