O Rio Grande do Norte vive dois movimentos estratégicos no setor de energia nesta semana. Enquanto a Brava Energia anuncia a venda de 11 concessões de óleo e gás onshore na Bacia Potiguar, a Companhia Potiguar de Gás (Potigás) avança com o projeto do gasoduto Polo Gás Sal, que interligará Mossoró e Areia Branca, impulsionando o desenvolvimento econômico da região.
A Brava Energia confirmou a venda das concessões para um consórcio formado pelas empresas Azevedo e Travassos Petróleo e Petro-Victory Energy, em uma transação avaliada em US15milhões (cerca R$ 87,1 milhões). O pagamento será feito em etapas: U$ 600 mil na assinatura do contrato, US 2,9 milhões no fechamento da operação e U$ 8 milhões em duas parcelas; com os U$ 3,5 milhões estantes vinculados a um percentual de produção dos campos ao longo de até oito anos. As concessões, que produziram uma média de 250 barris de óleo equivalente por dia em 2024, ainda dependem da aprovação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para a conclusão da venda.
Segundo a Brava Energia, a operação está alinhada à sua estratégia de otimização de portfólio e alocação eficiente de capital. A empresa planeja focar em ativos com maior potencial de retorno ajustado a riscos, crescimento e opcionalidades.
Enquanto isso, a Potigás avança com o projeto do gasoduto Polo Gás Sal, que promete transformar a região da Costa Branca. Com investimento de R$ 38 milhões, o gasoduto terá 51 quilômetros de extensão, ligando Mossoró a Areia Branca, e atenderá cidades ao longo da BR-110. A empresa destaca que o projeto visa oferecer gás natural de forma “segura, estável, atrativa e competitiva” para diversos setores, incluindo comércio, residências, hotéis e indústrias. O setor salineiro, principal atividade econômica da região, será um dos grandes beneficiados.
As obras já estão em andamento e devem durar 18 meses. A Potigás contratou 30 novos profissionais para o projeto e comercializou as nove usinas que serão construídas ao longo do gasoduto. O objetivo é impulsionar o desenvolvimento econômico local, diversificando o uso do gás natural como fonte de energia.
Enquanto a Brava Energia se desfaz de ativos para focar em oportunidades mais estratégicas, a Potigás investe em infraestrutura para fortalecer a economia regional. Ambos os movimentos refletem a dinâmica do setor energético no Rio Grande do Norte, que busca equilibrar a exploração de recursos naturais com o desenvolvimento sustentável e a diversificação econômica.