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18 de junho de 2025 18:19

Ceará regulamentou a securitização de suas dívidas ativas

Ceará regulamentou a securitização de suas dívidas ativas

Nova regulamentação permitirá transformar créditos em receitas, com 5% destinados à CearaPar e o restante revertido para a previdência e políticas públicas
Valores de dívidas pagas serão revertidos para redução do déficit da previdência estadual e para investimento em políticas públicas. Foto: divulgação

O Governo do Ceará adotou uma nova estratégia para aprimorar a gestão fiscal do Estado: a securitização de dívidas ativas. A medida, regulamentada em dezembro por meio da Companhia de Participação e Gestão de Ativos do Ceará (CearaPar) e da Procuradoria-Geral do Estado (PGE-CE), permitirá a transformação de créditos tributários e não tributários em receitas destinadas ao Tesouro Estadual.

A CearaPar, empresa de economia mista vinculada à Secretaria da Fazenda, será responsável pela cobrança dos créditos cedidos pelo Estado. Por esse serviço, a companhia receberá 5% do valor recuperado, que será usado como receita operacional. O restante será revertido para a redução do déficit previdenciário e investimentos em políticas públicas.

Como funciona a securitização

A securitização é um processo que agrupa dívidas e as transforma em títulos negociáveis no mercado de capitais. No caso do Ceará, a operação será formalizada por meio de contratos de cessão onerosa entre a PGE-CE e a CearaPar, detalhando as carteiras de crédito e os instrumentos financeiros a serem utilizados, como debêntures e fundos de investimento.

De acordo com a Lei Complementar Federal nº 208/2024, que padroniza a prática em todo o Brasil, a cessão desses créditos é definitiva, ou seja, não caracteriza operação de crédito.

“O Ceará desempenha um papel fundamental nesse processo, atuando como uma ferramenta de inovação fiscal para ampliar as possibilidades de geração de receitas sem aumentar a tributação. Nosso compromisso é garantir transparência em todas as etapas,” afirmou Marisa Teófilo, diretora de Negócios da CearaPar.

Impacto nas finanças públicas

Segundo Thaynny Castro, gerente de ativos mobiliários da CearaPar, o processo será guiado por análises rigorosas de recuperabilidade dos créditos. “Conseguiremos selecionar os créditos mais adequados para viabilizar recursos destinados à redução do déficit previdenciário e ao investimento em políticas públicas prioritárias,” explicou.

Além disso, a regulamentação busca promover uma gestão financeira mais eficiente, permitindo ao Estado transformar créditos de difícil recuperação em receitas concretas.

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