Por Samuel Quintela
Para Diário do Nordeste
O Ceará teve dois projetos aprovados no Leilão de Energia Nova A-5 de 2021, aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Os projetos contarão com um investimento, somado, de R$ 418 milhões. O leilão ainda teve outros 38 projetos aprovados, acumulando um total de 860,8 mW de potência, totalizando um investimento de R$ 3,067 bilhões. Serão 11 projetos de geração eólica, 1 hídrica, 8 térmicas e 19 de solar. Desses 19, dois estarão localizados no Ceará: o Bom Jardim I e III, da Qair Brasil. Somados, os projetos no Ceará têm uma potência de 96,2 mW.
A Qair está presente em vários países, como Brasil (com sede em Fortaleza), França, Islândia, Itália, Marrocos, Vietnã, entre outros.
Foto: Reprodução/Qair
Os projetos no Estado também foram os que venderam energia no maior valor dos aprovados pelo LEN A-5 2021, com o preço de R$ 168 /mWh. No entanto, apenas cinco distribuidoras contrataram energia no leilão, que contou com quase 1.700 projetos. A lista conta com Celpa, Cemar, CPFL Jaguari, CPFL Paulista e Light.
Foto: Kid Junior
PROJETOS NO NORDESTE
Além dos projetos no Ceará, o Nordeste confirmou a contratação de energia de 11 outras unidades, todas de fonte eólica. São 5 na Bahia (Morro 1 e 2, e V. De Santa Luzia 11, 12 e 13); 5 no Rio grande do Norte (V. de São Rafael 1 a 5); e 1 em Pernambuco (Serra das Vacas B).
Para Jurandir Picanço, consultor de Energia da Fiec (Federação das Indústrias do Estado do Ceará) e presidente da Câmara Setorial de Energias Renováveis do Ceará, o último leilão da Aneel foi muito positivo para o Ceará. Segundo ele, além dos projetos aprovados, o Estado ainda deverá se beneficiar das fontes eólicas, já que conta com grandes empresas de produção de pás e aerogeradores instaladas. Ele citou os casos da dinamarquesa Vestas e a cearense Aeris Energy. “O Ceará tem um mérito enorme porque temos grandes fornecedores de pás eólicas e aerogeradores, então qualquer projeto de energia eólica tem o Ceará estará presente. Isso é muito importante para a nossa economia e o setor de energia no Ceará”, afirmou Picanço.