O setor aéreo brasileiro inicia 2025 com significativas expansões e novos desafios. Enquanto companhias ampliam suas operações com novas rotas nacionais e internacionais a partir do Nordeste, o setor busca soluções estruturais junto ao governo federal para garantir sua sustentabilidade.
A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) lidera discussões com o governo federal, em conjunto com organizações internacionais como a ALTA, IATA e JURCAIB, representando mais de 320 empresas aéreas de 120 países. As principais demandas incluem acesso a linhas de crédito específicas e a revisão da política de preços do combustível de aviação (QAV), visando reduzir a disparidade de custos operacionais entre o Brasil e outros países.
No campo operacional, as companhias aéreas expandem sua presença no mercado doméstico e internacional. A Latam Brasil anunciou um novo voo ligando Fortaleza a Juazeiro do Norte, com operações diárias durante a alta temporada de verão, utilizando aeronaves Airbus A320. A rota foi anunciada após reunião com o governo cearense, que também resultou na confirmação da nova rota internacional Fortaleza-Lisboa. Atualmente, a Latam mantém cerca de 200 voos semanais em Fortaleza, além de rotas para Guarulhos-Juazeiro do Norte e Guarulhos-Jericoacoara.
A Azul Linhas Aéreas também amplia sua presença internacional com uma nova rota entre Recife e Porto, Portugal, a partir de junho. Os voos serão operados duas vezes por semana pela EuroAtlantic Airways, utilizando Boeing 767-300 com capacidade para 259 passageiros. A iniciativa reforça o papel do Recife como principal hub da companhia no Nordeste.
No segmento da aviação executiva, a Solojet Aviação inaugura no próximo dia 20 um novo hangar de 1.500 metros quadrados no Aeroporto de Luís Eduardo Magalhães, oeste da Bahia. A expansão visa atender à crescente demanda do polo agropecuário da região, oferecendo serviços de manutenção para turboélices e jatos, além do Solojet Shares, programa de compartilhamento de aeronaves.
Segundo a Abear, o setor tem apresentado estudos e pesquisas demonstrando os principais desafios da aviação brasileira, buscando impulsionar o mercado doméstico e promover o desenvolvimento econômico e social do país. A associação ressalta o compromisso das empresas com a acessibilidade, mas enfatiza a necessidade de políticas públicas que garantam a viabilidade econômica do setor.
As iniciativas de expansão das companhias aéreas, combinadas com os esforços para obter apoio governamental, refletem um momento de transformação no setor aéreo brasileiro, que busca equilibrar crescimento e sustentabilidade financeira em um mercado cada vez mais competitivo.