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12 de fevereiro de 2025 00:37

Em expansão, Agtechs estão transformando a eficiência no campo

Em expansão, Agtechs estão transformando a eficiência no campo

O Brasil é um dos principais mercados de AgTechs do mundo, com aproximadamente 2 mil empresas do setor, e pode se tornar um dos maiores bancos de dados do agronegócio
Foto: Divulgação/Instabov

Monitorar toda a cadeia produtiva de um alimento, como a carne e a soja, por exemplo, da tela de um celular; é isso que as Agtechs – empresas de soluções de tecnologia da informação voltadas para o agronegócio, já proporcionam. Como um dos maiores produtores e exportadores de alimentos do mundo, o Brasil está se tornando terreno fértil também para a difusão desse tipo de inovação no setor. 

As Agtechs têm ganhado protagonismo nas empresas do campo por melhorar significativamente a eficiência, a produtividade e garantido o cumprimento de protocolos socioambientais, requisitos para uma produção mais sustentável e também em acordo com exigências de exportação e do mercado. 

O que são Agtechs

As Agtechs, ou Agricultural Technologies, são empresas que utilizam tecnologia para desenvolver soluções inovadoras no setor agrícola, combinando conhecimentos em agricultura, ciência de dados, Inteligência Artificial (IA) e Internet das Coisas (IoT). 

As tecnologias desenvolvidas pelas AgTechs incluem sensores, drones, softwares de análise de dados, aplicativos móveis, sistemas de monitoramento remoto e plataformas de agricultura digital. Com isso, ajudam a coletar informações em tempo real sobre o clima, o solo, as plantas e os animais, permitindo uma gestão mais precisa e eficiente.

O ecossistema de inovação brasileiro conta com aproximadamente 2 mil startups voltadas ao agronegócio, com a metade presente no estado de São Paulo, de acordo com o Radar Agtech Brasil.

Em 2022, o montante investido nas startups do agro foi de quase US$ 2 bilhões, colocando o país na sexta posição global de aportes no setor, segundo levantamento da AgFunder.

O vice-presidente da Associação Brasileira das Empresas de Certificação por Auditoria e Rastreabilidade – ABCAR -, Aécio Flores, que é também CEO da F&S Technologies, explica que, por muitos anos, os investimentos do agronegócio estiveram voltados para o manejo do solo, adubação, controle de safras, e que agora as Agtechs surgem para “cobrir a necessidade de evolução do setor e agregar valor às produções”. 

Agtechs no Nordeste 

No Nordeste, o ecossistema de Agtechs está em expansão. De acordo com o Radar Agtech Brasil 2023, a região abriga 5,2% das startups do agronegócio no país, o que representa um aumento de 84,6% no número de Agtechs nordestinas em comparação com o levantamento de 2019. Esse número não representa, no entanto, a quantidade de empresas do agro que lançam mão de tecnologia de informação na cadeia produtiva. 

Tanto no nordeste como no Norte do país, em especial na região amazônica, é cada vez mais comum, afirma Flores, o uso das tecnologias de rastreabilidade na cadeia produtiva da carne bovina. São sistemas capazes de monitorar o boi desde as fazendas de engorda até o produto final no supermercado, avaliando, por exemplo, se aquela carne foi produzida em área de desmatamento ilegal em alguma etapa da cadeia. 

“A empresa consegue saber de quem está comprando e para quem está vendendo. Isso é muito valioso. O Brasil tem potencial para se tornar o maior banco de dados do agro no mundo”, afirma o CEO da F&S Technologies. 

Toda essa transformação no tipo de investimento que as empresas do agro estão fazendo está relacionado não só com o desejo de melhorar a eficiência na produção e gestão dos negócios, mas também com estímulos vindos dos governos, seja do Ministério da Agricultura e Pecuária, ou de exigências do comércio internacional, como as feitas pela União Europeia para a compra da carne brasileira. 

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