Recentemente, Ricardo Ricardi, CEO da Enseada Indústria Naval, sinalizou para a indústria que o Estaleiro Enseada, localizado na cidade de Maragogipe, Bahia, está procurando novos contratos no mercado de construção naval. Atualmente, o estaleiro funciona apenas como porto, sendo uma opção para o escoamento de minérios e grãos pelo Rio Paraguaçu, na Baía de Todos-os-Santos.
De olho em novos contratos com a Petrobras e a Transpetro, o grupo Enseada prevê que a reativação de um polo naval em Maragogipe geraria milhares de vagas de emprego na região, além de fortalecer um setor estratégico da indústria nacional. Recentemente, um contrato de construção de barcaças já possibilitou a contratação de novos 300 funcionários só no Estaleiro Enseada.
Além disso, o Estaleiro São Roque, também localizado em Maragogipe e parte do consórcio Enseada-Tenenge, firmou recentemente uma parceria com o Governo do Estado da Bahia. A partir de um termo de cooperação técnica, assinado em 10 de março, o governo do estado apoiará o consórcio na contratação e treinamento de funcionários qualificados através do sistema SineBahia. Os cursos, assim como as vagas disponíveis, serão divulgadas através do site do SineBahia.
O Estaleiro Enseada é atualmente o único estaleiro de 5º geração do Brasil, além de estar localizado em uma área propícia, sem incidência de correntezas e ventos inesperados. Por isso, com sua reativação, é promissor o futuro da indústria naval no Recôncavo Baiano. Em audiência pública na Assembleia Legislativa da Bahia em que o CEO da Enseada também estava presente, Sérgio Bacci, presidente da Transpetro, assegurou que, até o fim do seu mandato, deve-se encomendar mais 25 navios, em licitações em que a Enseada deve participar. Além disso, nessa mesma audiência, Eduardo Salles, presidente da Comissão de Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico e Turismo, se comprometeu em criar um grupo de trabalho permanente para a indústria naval baiana.