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12 de fevereiro de 2025 06:52

Fórum de Davos 2025 debate economia verde com participação discreta do Brasil

Fórum de Davos 2025 debate economia verde com participação discreta do Brasil

Brasil, embora com uma delegação reduzida em comparação a anos anteriores, mantém sua presença estratégica nas discussões sobre transição energética e economia verde
Reunião da equipe do Ministério de Minas e Energias em Davos | Foto: Divulgação/MME

O Fórum Econômico Mundial de Davos 2025, realizado na Suíça, iniciou suas atividades na última segunda (20) com foco em temas como sustentabilidade, tecnologia e economia global, em um contexto marcado por incertezas geopolíticas e tensões comerciais. O Brasil, embora com uma delegação reduzida em comparação a anos anteriores, mantém sua presença estratégica nas discussões sobre transição energética e economia verde.

A delegação brasileira é liderada pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, acompanhado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, e pelo governador do Pará, Helder Barbalho. Durante seminário promovido pelo governo suíço, Silveira destacou o desenvolvimento do Brasil na transição energética, enfatizando a matriz energética limpa e renovável do país, com 88% da energia elétrica proveniente de hidrelétricas.

O ministro também apresentou os avanços brasileiros em infraestrutura energética, citando investimentos de R$ 36 bilhões em linhas de transmissão em 2024 e a previsão de mais R$ 20 milhões para março de 2025. Além disso, ressaltou iniciativas como o projeto Combustível do Futuro e a legislação para regulação do hidrogênio de baixa emissão de carbono.

Apesar da participação oficial mais modesta, o setor privado brasileiro ganhou destaque com a estreia da Brazil House, reunindo grandes empresas como Vale, Gerdau, Ambipar, Be8, JHSF, BTG Pactual e Randcorp. Segundo especialistas, este espaço surge como uma importante plataforma para captação de recursos externos e promoção dos interesses nacionais.

O cenário global apresenta sinais de otimismo moderado, conforme pesquisa da PwC que indica que cerca de 60% dos executivos-chefes presentes no fórum estão otimistas quanto ao crescimento global nos próximos 12 meses, um aumento significativo em relação aos 38% do ano anterior. No entanto, 29% dos líderes empresariais expressam preocupação com a volatilidade macroeconômica e possíveis impactos financeiros.

Para Welber Barral, ex-secretário de Comércio Exterior, embora a participação brasileira seja mais discreta este ano, o Fórum continua sendo uma plataforma estratégica para o país promover reformas e atrair investimentos. Contudo, em entrevista ao Infomoney, ele aponta que a ausência de uma delegação mais robusta representa uma oportunidade perdida para alinhar as agendas de Davos com a COP30, que será realizada em Belém (PA) em novembro.

O tema central do Fórum este ano, “Colaboração para a Era Inteligente”, inclui discussões sobre como catalisar ações em energia, clima e natureza através de parcerias inovadoras e tecnologias de ponta. Estas discussões se alinham com as prioridades brasileiras na presidência do Brics e com o legado da liderança do G20, onde o país enfatizou o desenvolvimento sustentável e a transição energética como eixos centrais.

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