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12 de fevereiro de 2025 22:14

Investimentos do BNB impulsionam cadeia produtiva do hidrogênio verde em todo o Nordeste

Investimentos do BNB impulsionam cadeia produtiva do hidrogênio verde em todo o Nordeste

Para diretor do Banco do Nordeste há uma grande possibilidade de o hidrogênio virar o novo petróleo, alimentando diversas cadeias produtivas globais

O Nordeste já é reconhecido por sua liderança na produção de energias solar e eólica e está dando um passo decisivo para se tornar um dos principais polos mundiais de hidrogênio verde. Este combustível tem sido considerado  para a descarbonização global na era pós-petróleo. O Banco do Nordeste (BNB) tem atuado junto a governos e iniciativa privada para desenvolver a cadeia produtiva do gás renovável na região.

Aldemir Freire, Diretor de Planejamento do BNB | Reprodução Linkedin
Aldemir Freire, Diretor de Planejamento do BNB | Reprodução Linkedin

“Já concentramos cerca de 80% dos investimentos do país em energias solar e eólica. Com os novos investimentos em eólica offshore, o Nordeste será fundamental. Na virada da década de 2020 para 2030, a importância da região crescerá ainda mais com o hidrogênio verde, que podemos produzir com muito mais eficiência”, afirmou Aldemir Freire, diretor de Planejamento do BNB.

Allisson Martins, economista do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), destacou o potencial do hidrogênio verde como principal combustível do futuro. “Há uma grande possibilidade de o hidrogênio virar o novo petróleo, alimentando diversas cadeias produtivas globais. No Ceará, já temos memorandos de entendimentos que preveem US$ 34 bilhões em investimentos no hidrogênio verde”, disse Martins.

O estado do Piauí, que gera eletricidade de fontes renováveis três vezes superior ao seu consumo, está determinado a se tornar o maior polo de produção de hidrogênio verde do mundo. “O Piauí é referência em energias renováveis e o terceiro maior produtor de energia solar do Brasil”, destacou o governador Rafael Fontele, enfatizando a busca por mais investimentos no setor.

Além dos grandes projetos, o investimento em energias renováveis também está presente no microcrédito. Luiz Sérgio Machado, superintendente do programa Agroamigo do BNB, explicou que soluções baseadas em energia solar e eólica são implementadas em pequenos projetos de irrigação no Semiárido nordestino, beneficiando a agricultura familiar.

“Nossos modelos econométricos nos deixam otimistas para os próximos anos. Embora não esperemos um crescimento chinês, o cenário é bastante positivo”, concluiu Machado.

Com esses investimentos e iniciativas, o Nordeste se consolida como um importante ator no cenário global de energias renováveis e sustentabilidade econômica.

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