A taxa de inadimplência no Nordeste caiu para 4,13% no primeiro semestre de 2024, uma redução de 0,31 pontos percentuais (p.p.) em 12 meses, segundo o Informe Macroeconômico do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), divulgado nesta segunda-feira(19) pelo Banco do Nordeste (BNB). A queda foi impulsionada principalmente pela redução de 0,69 p.p. na inadimplência entre pessoas físicas.
Piauí e Sergipe se destacam com as menores taxas de inadimplência para pessoas físicas na região, registrando 3,34% e 3,87%, respectivamente, em junho. Esses números indicam uma melhora na situação financeira das famílias nordestinas.
As operações de crédito no Nordeste apresentaram uma taxa média de juros de 27,6% ao ano em junho de 2024, conforme o Banco Central. Essa taxa recuou 3,8 p.p. nos últimos 12 meses, acompanhando a queda da Selic. No entanto, a recente estabilização da taxa básica interrompeu a tendência de redução dos juros no curto prazo.
O spread bancário, que reflete a margem de rentabilidade dos bancos, caiu para 18,4% em junho de 2024, uma redução de 3,3 p.p. em um ano. Apesar da queda, as pessoas físicas ainda enfrentam spreads elevados (23,3%), devido a fatores como maior risco percebido e menor respaldo em garantias reais.