A Origem Energia Infraestrutura Portuária, subsidiária do Grupo Origem Energia, assumiu em 17 de fevereiro o controle operacional do Terminal Aquaviário de Maceió (TAMAC) MAC11A. A instalação, localizada dentro do Porto de Maceió, é estratégica para a movimentação e armazenagem de granéis líquidos, principalmente combustíveis e petróleo na região.
A aquisição ocorre três anos após o grupo ter adquirido o Polo Alagoas e representa um passo significativo na estratégia de integração vertical da companhia, que busca consolidar sua presença no setor energético brasileiro.
O CEO da Origem Energia, Luiz Felipe Coutinho, destacou que a operação fortalece a autonomia da empresa. “Ao assumir o controle das operações do TAMAC, asseguramos nossa independência no escoamento e comercialização da produção, além de fortalecer nossa presença no mercado alagoano”, afirmou.
Segundo Coutinho, a aquisição pode beneficiar também os consumidores locais. “Esta operação promove a competitividade local, o que pode resultar em combustíveis mais acessíveis para a população”, explicou o executivo.
Flexibilidade operacional
O controle do terminal permitirá à Origem Energia otimizar sua cadeia logística, possibilitando negociar volumes de óleo e ajustar cronogramas de expedição de cargas de forma mais eficiente. O TAMAC oferece versatilidade nas operações, permitindo tanto o carregamento e descarregamento pelo modal marítimo quanto o transporte rodoviário.
Esta flexibilidade é particularmente importante para o manuseio de produtos como etanol, óleo diesel marítimo, gasolina e biocombustíveis, incluindo o biodiesel, ampliando o portfólio de serviços oferecidos pela empresa.
“Logística e armazenamento de petróleo são pilares estratégicos em nossas operações. Assumir o controle dessas atividades nos permite superar a dependência de terceiros, reduzindo custos, aumentando a autonomia e integrando ainda mais nossa cadeia de valor”, complementou o CEO.
Diversificação de receitas
A empresa também vislumbra novas oportunidades de negócios. A capacidade de armazenamento do terminal poderá ser monetizada para derivados de petróleo, ampliando a carteira de clientes e diversificando as fontes de receita do grupo.
“A inclusão do MAC11A no portfólio é um marco estratégico para a Origem Energia, reforçando nossa integração energética e ampliando a flexibilidade comercial na negociação e expedição de óleo”, ressaltou Coutinho.
Expansão contínua
A Origem Energia tem expandido consistentemente sua presença no setor energético brasileiro. Atualmente, a companhia opera 14 concessões de campos de óleo e gás natural, sendo 13 em terra (onshore) e um em águas rasas (offshore), distribuídos pelos estados de Alagoas, Bahia, Espírito Santo e Rio Grande do Norte.
Além disso, a empresa detém 18 blocos exploratórios nas Bacias Sergipe-Alagoas e Tucano Sul. No Polo Alagoas, a companhia conta com uma Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) — a primeira privatizada no país — duas estações de produção em Pilar e Furado, cinco estações coletoras e um sistema de escoamento com 230 quilômetros de dutos.
Este sistema conecta-se diretamente ao TAMAC e à malha da TAG, permitindo o transporte de gás natural por todo o país.
A Origem Energia é controlada pela Prisma Capital, gestora de investimentos alternativos fundada em 2017, com atuação diversificada em setores como private equity, crédito e real estate.