O Rio Grande do Norte encerrou 2024 com expressivos indicadores de crescimento econômico em diversos setores, com destaque para o turismo, serviços e pequenos negócios, consolidando um cenário de desenvolvimento sustentado ao longo do ano.
No setor de serviços, o estado alcançou a liderança nacional em novembro, registrando um crescimento de 19,1% em comparação ao mesmo período de 2023, impulsionado principalmente pelo desempenho do turismo. O segmento como um todo apresentou um aumento de 14,3% no penúltimo mês do ano, conquistando a quarta melhor performance anual do país. No acumulado de janeiro a novembro, o RN cresceu 4,1%, superando a média nacional de 3,2%.
O turismo potiguar foi um dos principais motores desse crescimento, ultrapassando a marca de 2,3 milhões de visitantes em 2024, um aumento de 15% em relação ao ano anterior. A expansão do setor foi acompanhada por um crescimento de 8% na oferta de assentos aéreos, que passou de 2,6 milhões para 2,8 milhões de lugares disponíveis. Segundo a governadora Fátima Bezerra, esse desempenho é resultado de investimentos em infraestrutura e promoção do destino.
Economia aquecida
O ambiente favorável também se refletiu no setor empresarial. O estado encerrou 2024 com 241.123 pequenos negócios ativos, dos quais 195.571 estão enquadrados no Simples Nacional. O crescimento de 7,56% em relação a 2023 representa 16.955 novos empreendimentos. Nos últimos cinco anos, o aumento acumulado chegou a impressionantes 56,9%.
Entre os pequenos negócios, os microempreendedores individuais (MEIs) lideram com 125.053 registros, seguidos pelas microempresas (61.874) e empresas de pequeno porte (8.644). O setor de serviços concentra a maior parte desses empreendimentos, com 97 mil empresas, seguido pelo comércio (68.862), indústria (17.307), construção (11.346) e agropecuária (1.051).
A capital Natal lidera a concentração de pequenos negócios com 89.121 estabelecimentos, seguida por Parnamirim (25.055) e Mossoró (23.505). Apesar do crescimento expressivo, o estado enfrenta desafios como a taxa de mortalidade empresarial de 61,39%, alinhada à média nacional de 61,4%.
O otimismo do setor empresarial é evidenciado pelo Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) natalense, que registrou alta de 4,9% em dezembro, comparado ao mesmo período de 2023. Segundo a Fecomércio RN, essa confiança está relacionada à Intenção de Consumo das Famílias (ICF), que cresceu 7,2%, além da queda nos níveis de desemprego.
Os dados da Confederação Nacional do Comércio mostram que apenas o segmento de bens duráveis apresentou leve retração na confiança (-1,5%). Em contrapartida, estabelecimentos com até 50 funcionários registraram aumento de 5% no índice de confiança.
Para Thales Medeiros, gerente da Agência Sebrae Grande Natal, embora existam desafios como a mortalidade empresarial, “o cenário econômico do estado apresenta sinais positivos de diversificação e resiliência”. A expansão consistente em diferentes setores, combinada com o crescimento do turismo e a confiança empresarial, sugere uma base sólida para o desenvolvimento econômico continuado do Rio Grande do Norte.
Os números apresentados em 2024 demonstram que o estado conseguiu estabelecer um ciclo virtuoso de crescimento, onde o desenvolvimento do turismo impulsiona o setor de serviços, que por sua vez estimula a criação de novos negócios, gerando um ambiente propício para investimentos e expansão econômica.