O Estado de Alagoas, que já possui 87% de sua matriz energética derivada de fontes renováveis, começa a ampliar a produção elétrica a partir de usinas fotovoltaicas. O primeiro exemplo vem do Tribunal de Justiça de Alagoas. Em novembro, o TJ-AL inaugurou uma estrutura própria com capacidade de produção de até 5,7MWh/ano, a partir de uma estrutura instalada no município de Delmiro Gouveia (alto sertão).
Ao todo, são seis mil placas solares que transformam a luz e o calor em energia para consumo próprio das instalações do Poder Judiciário no estado. As placas estão instaladas em terreno doado pelo Governo de Alagoas. O objetivo inicial é que o TJ-AL utilize a energia produzida para consumo próprio, suprindo em até 70% o gasto anual de suas estruturas – proporcionando uma economia de até R$ 4 milhões ao ano com o insumo adquirido da rede comercial.
Além da redução de custos, o TJ-AL contabiliza a redução na emissão anual de CO2, geralmente derivada de outras fontes, chegando a 325 toneladas a menos, à medida que outras fontes são substituídas por energia limpa – a solar.
Os valores investidos pelo TJ-Al no projeto somam R$ 20 milhões (obtidos do Fundo Especial de Modernização do Poder Judiciário– Funjuris), que serão amortizados mediante a economia revista com a conta convencional de energia.
A iniciativa do Tribunal passa a fazer parte de um esforço geral da região Nordeste para ofertar o País uma matriz diversa e distribuída de energia derivada de fontes limpas. Em todo o país, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) contabiliza aproximadamente 21.300 usinas fotovoltaicas instaladas no País e 2,642 milhões de unidades de geração distribuída de energia solar. Juntas, essas duas modalidades são responsáveis por suprir 18,7% da demanda brasileira de energia. Somente no Nordeste, a capacidade instalada já chega a 30 GW em 2024.