O número de fusões e aquisições realizadas por empresas baianas teve um crescimento superior a 150% no primeiro trimestre de 2025, conforme revela relatório da KPMG. Entre janeiro e março, foram concluídas oito operações, ante cinco registradas no mesmo intervalo do ano passado. Com esse desempenho, a Bahia subiu da 13ª para a 7ª posição no ranking nacional, que considera as 20 unidades federativas com maior movimentação.
Para Ray Souza, sócio de mercados regionais da KPMG no Brasil, “o levantamento mostra que a Bahia segue o percurso de desenvolvimento no setor de negócios. Com esse crescimento, o maior estado da região Nordeste demonstra grande potencial atrativo, não apenas para o setor de turismo, mas em todas as áreas de investimento econômico do país.”
No Estado, os setores que mais impulsionaram as operações foram tecnologia da informação e companhias energéticas, com três negociações cada, seguidos pela mineração, que contabilizou duas operações.
Em relação ao tipo de transação, das oito operações realizadas na Bahia, quatro foram domésticas — entre empresas brasileiras; três envolveram estrangeiros adquirindo capital de companhias estabelecidas no país (CB1); e uma foi uma compra por capital brasileiro de participação em empresa estrangeira (CB2).
Mercado nacional registra leve retração
Enquanto a Bahia apresentou crescimento expressivo, o cenário nacional de fusões e aquisições apontou uma pequena queda de 6% no primeiro trimestre de 2025. Foram realizadas 330 operações, contra 350 no mesmo período de 2024, segundo a pesquisa trimestral da KPMG, que abrange 43 setores da economia.
Segundo Paulo Guilherme Coimbra, sócio da KPMG, “o levantamento mostrou que houve uma pequena desaceleração no ritmo de compra e venda das empresas no país, se levarmos em conta os mesmos meses de 2024, mantendo a atividade de fusões e aquisições praticamente estável. Isso se deve a alguns fatores, principalmente questões geopolíticas internacionais e a dinâmica do mercado, que é mais fraca nos períodos iniciais do ano. A tendência é que esse movimento se recupere nos próximos trimestres.”