Jornalismo econômico para a inovação no Nordeste -
Jornalismo econômico para a inovação no Nordeste -
19 de março de 2025 13:26

Barracas da Praia do Futuro são reconhecidas como Patrimônio Cultural Brasileiro

Barracas da Praia do Futuro são reconhecidas como Patrimônio Cultural Brasileiro

Mais de 70 estabelecimentos operam ao longo de 7km de praia, gerando cerca de 5 mil empregos diretos e 15 mil indiretos, com um faturamento anual estimado em R$ 300 milhões
Praia do Futuro se estende por 7 km e é um grande atrativo na capital do Ceará, as barracas geram cerca de 7 mil empregos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou a lei que reconhece as barracas da Praia do Futuro, em Fortaleza (CE), como Patrimônio Cultural Brasileiro. A medida, de autoria do deputado cearense André Figueiredo (PDT), foi publicada no Diário Oficial da União na quarta-feira (8) e reforça a importância desses espaços como núcleos culturais e econômicos da região.

Atualmente, mais de 70 estabelecimentos operam ao longo de 7 quilômetros de praia, gerando cerca de 5 mil empregos diretos e 15 mil indiretos, com um faturamento anual estimado em R$ 300 milhões. A nova lei representa um avanço significativo na proteção das atividades que sustentam diversas famílias e impulsionam a economia local há gerações.

Apesar do reconhecimento, Lula vetou um trecho do projeto que atribuía à gestão municipal a autonomia para decidir sobre a manutenção das barracas existentes. Segundo o governo federal, a cláusula era inconstitucional, pois retirava da União a prerrogativa de “gerir e fiscalizar praia marítima, que constitui bem da União, de uso comum do povo”. O veto também foi justificado com base em possíveis impactos positivos ao meio ambiente.

Com a sanção, agora convertida na Lei Nº 15.092, a Praia do Futuro permanece sob gestão compartilhada entre a União e o poder público local. O texto reconhece a área como “espaço de lazer, de convivência e de manifestação da cultura cearense, incluindo a culinária típica e a realização de eventos culturais”.

Impasse jurídico histórico

A aprovação da lei surge em meio a um longo impasse jurídico envolvendo as barracas da Praia do Futuro. Há quase duas décadas, a União e o Ministério Público Federal (MPF) entraram com ações solicitando a retirada de 153 empreendimentos na área. Em 2021, estruturas abandonadas foram removidas, mas as negociações sobre o uso da faixa de areia pelas barracas continuam. A Superintendência de Patrimônio da União (SPU), responsável pela gestão de terrenos litorâneos, defende a redução do tamanho das edificações.

Valorização cultural e econômica

A nova legislação ressalta o papel das barracas como pontos de encontro e elementos culturais que representam a identidade cearense. 

“É uma vitória da nossa cultura, que transpira de Fortaleza para o mundo e agora pode ser preservada. É uma vitória dos fortalezenses, do Ceará e do Brasil! Vamos celebrar mais essa conquista”, declarou o deputado André Figueiredo.

Preservação e sustentabilidade

Além de proteger as características arquitetônicas e operacionais das barracas, a lei busca promover iniciativas de preservação ambiental e valorização turística. A medida prevê ações conjuntas entre o governo e a comunidade para garantir a sustentabilidade das atividades e o respeito à autenticidade cultural da região.

Com a sanção, a Praia do Futuro reforça seu papel como patrimônio cultural, econômico e turístico, sendo um marco da convivência e das manifestações culturais do Ceará.

Com informações de Diário do Nordeste e PDT.

Gostou desse artigo? compartilhe!

Últimas

espigões 2
café alagoas
agricultura familiar
BNB
Mapotiba
Missão Paraíba-Lisboa Imagem 1
IPTU 2025
alagoas
aquicultura
renovabio

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

div#pf-content img.pf-large-image.pf-primary-img.flex-width.pf-size-full.mediumImage{ display:none !important; }