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26 de abril de 2024 21:34

Chuva de julho pode reduzir safra de melão, caju e algodão

Chuva de julho pode reduzir safra de melão, caju e algodão

Produtores preocupam-se com o prolongamento da temporada de chuvas

Por Egídio Serra
Para Diário do Nordeste

Julho com chuva faz mal à agricultura. Neste momento, está sendo iniciada a colheita da safra do algodão plantado em mais de dois mil hectares na Chapada do Apodi, e os cotonicultores olham para o céu preocupados com a possibilidade de chover mais do que já choveu nos últimos dias.

Preocupação semelhante têm os cajucultores. Dois deles disseram ontem à coluna que, se as chuvas que caíram em junho voltarem a cair ao longo deste julho, a safra de caju – que começará a ser colhida a partir do próximo mês de agosto – será reduzida.

No vizinho Piauí, ocorreram boas chuvas nas áreas plantadas de caju, e por esta razão haverá queda da safra lá. É a sazonalidade da agricultura, que, no Ceará, neste ano, foi beneficiada por uma pluviometria que encheu os pequenos e médios açudes e permitiu boa recarga dos grandes reservatórios, como o Orós e o Castanhão. Mantém-se e prospera, com previsão de estender-se até meados de 2023, o fenômeno La Niña, que favorece a ocorrência de chuvas na região Nordeste para além do período normal, que no Ceará costuma encerrar-se em junho.

De acordo com as curvas elaboradas pelos institutos científicos que acompanham o clima no mundo – a Funceme no meio – o La Niña de 2022 mostra uma tendência para a neutralidade, mas só a partir do segundo trimestre do próximo ano. Por enquanto, essas curvas sustentam as previsões de mais chuvas ao longo deste segundo semestre, mantendo em situação de alerta as empresas e os empresários dos diferentes setores da atividade rural.

A fruticultura do melão, por exemplo, gosta de chuvas até meados deste mês de julho. Depois disso, elas se tornam prejudiciais à safra, que será colhida e comercializada nos mercados interno e externo a partir de agosto. Eis o calendário da agricultura, que, para funcionar com perfeição, depende muito do equilíbrio entre chuva e estio.

CAMARÃO CEARENSE E CRISE NA EUROPA

Neste momento, o Mercado Comum Europeu proíbe a entrada de camarão produzido no Brasil.

Não há nenhum impedimento de ordem fitossanitária que o determine; as razões são de ordem política, pois o que há é uma imposição do governo francês, respeitada pelos demais governos daquele continente, no sentido de proteger o produtor europeu, que goza, também, de altos incentivos fiscais, mesmo tendo uma produtividade mais baixa do que a dos seus colegas brasileiros.

A guerra na Ucrânia, porém, começa a castigar os europeus, que já se ressentem da falta de produtos da agropecuária. O camarão é um desses produtos. Pelo que estimam economistas de várias tendências, a Europa não terá outra saída, senão a de socorrer-se dos produtos da agropecuária brasileira para suprir suas necessidades, incluindo o camarão.

A recessão beira a Europa e vai instalar-se nos seus países até o fim deste ano, da mesma maneira que acontecerá com a economia dos Estados Unidos, também já assediada por sinais recessivos.

ROUBO DE FIBRA ÓTICA

Atenção! Ladrões especializados estão roubando cabos de fibra ótica instalados em Fortaleza. As empresas operadoras de telefonia já não sabem mais a quem apelar contra a ação dos marginais, que acontece durante o dia e à noite. Agora, atenção para o detalhe: o produto do roubo é levado para cidades do interior cearense, onde é vendido a pequenos provedores de internet. Sofisticou-se e modernizou-se a ladroagem.

INSTITUTO LUIZ GIRÃO PROMOVERÁ LEILÃO DE GADO

No dia 23 deste mês, o Instituto Luiz Girão promoverá seu primeiro Feirão de Gado Leiteiro no Ceará. O Feirão será realizado de forma presencial na Fazenda Flor da Serra, em Limoeiro do Norte, das 8 às 13 horas daquele dia, um sábado. Em forma de leilão, o feirão – exclusivo para fornecedores de leite à Betânia Lácteos, disponibilizará 200 fêmeas, todas da raça girolando, divididas em lotes:

Um lote com bezerras desmamadas, com três a cinco meses de idade e peso entre 80 kg e 100 kg;  outro com garrotas de 8 a 12 meses e peso de 160 kg a 180kg; e um terceiro lote com novilhas de 18 a 22 meses e peso de 300 kg a 350 kg, já aptas à reprodução. Os preços por cabeça variarão por lote, custando R$ 2,5 mil, R$ 4 mil e R$ 6mil, respectivamente. A retirada do gado será realizada nos dias 23, 26 e 27 de julho.

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