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21 de janeiro de 2025 10:05

Comércio do Recife vive expectativa positiva para vendas de fim de ano

Comércio do Recife vive expectativa positiva para vendas de fim de ano

Confiança em alta do empresário do comércio recifense, aferido pela Fecomércio-PE, reflete projeção otimista da CDL-Recife. A entidade estima um aumento nas vendas entre 8% e 10% em relação ao mesmo período do ano passado
Recife projeta crescimento entre 8% e 10% nas vendas de fim de ano na capital pernambucana. Foto: CDL-Credito: Paulo Pinheiro


Há três semanas para o Natal, considerada a melhor data para o comércio brasileiro, atrás apenas do Dia das Mães e dos Namorados, o otimismo do empresariado do comércio varejista do Recife está em alta. Recorte municipal feito pela Federação do Comércio de Bens e Serviços de Pernambuco (Fecomércio-PE) do Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), desenvolvido pela CNC, reforça essa confiança. De acordo com o levantamento, entre junho e outubro, o ICEC registrou avanço de 6,2%, atingindo o patamar de 114,7 pontos. Quanto mais próximo de 200, mais confiante está o empresário.

Presidente da Fecomércio-PE, Bernardo Peixoto. Foto: Makermidia

Para o presidente da Fecomércio, Bernardo Peixoto, o aumento dessa confiança revela uma visão mais positiva, em especial, diante do aquecimento do consumo sazonal típico do fim de ano e da retomada gradual do emprego. “Quando aumenta a confiança do empresário é porque aumentou o número de carteiras assinadas, o que amplia o poder aquisitivo do consumidor e reflete diretamente nas vendas do setor”, atesta Peixoto.

Ainda de acordo com o presidente da Fecomércio-PE, esse otimismo deve acompanhar iniciativas dos empresários para alavancar o comércio local e fortalecer a economia, a exemplo de campanhas anuais, como a abertura do comércio de rua aos domingos, liderada pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Recife).

Desde o feriado da Proclamação da República, no último dia 15, até o fim deste ano, as lojas do centro da capital pernambucana abrem de domingo a domingo, o que inclui os próximos feriados nacionais e municipais, além das vésperas de Natal e Ano Novo. Segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Recife) e do Sindilojas Recife, Fred Leal, a abertura do comércio de rua ocorre em comum acordo entre lojistas e sindicatos dos trabalhadores nessa época do ano e tem como principal objetivo criar uma oportunidade de incrementar o faturamento dos lojistas, que teve ao longo dos últimos meses um período de baixa vendas.

“A palavra que define o comércio se chama resiliência. Por isso, mesmo diante de um cenário econômico nacional cheio de indefinições provocadas pelo cenário político nacional que podem impactar o setor, além da pressão inflacionária, que achata o poder de compra do consumidor e amplia os custos operacionais do setor, projetamos uma estimativa de ampliar as vendas entre 8% e 10% em relação a fim do ano passado”, comenta Fred Leal.

Se do lado das vendas, as projeções são animadoras, no quesito contratação de temporários, o cenário, apesar de a expectativa ser maior que o ano passado, é bem inferior ao aumento nas vendas. A CDL-Recife estima que aproximadamente 4 mil pessoas sejam contratadas temporariamente no período, um crescimento em torno de 5% em relação a 2023.

Fred Leal, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas do Recife (CDL-Recife). Foto: divulgação

 

“Com o avanço da tecnologia, o varejo aprendeu a investir em produtividade. Ou seja, vender mais com menos gente. Vejam as lojas de calçados, por exemplo, que antes eram lotadas de vendedores. Hoje, com os aplicativos de compras online, embora o setor seja, ainda, o que mais contrata temporários nessa época, funciona com um quadro bem mais enxuto do que antigamente”, pontua Leal.

Projeção de vendas e fluxo de movimentação nos shoppings de Pernambuco acompanha otimismo do setor

José Luiz Muniz, presidente da Apesce. Foto: divulgação

Estimativa divulgada pela Associação Pernambucana de Shopping Centers (Apesce) é de que as vendas de fim de ano, incluindo Brack Friday e Natal, representem um incremento em torno de 8% em relação ao mesmo período do ano passado. A projeção também mensura o aumento no fluxo do público interessado tanto em comprar quanto em aproveitar o clima que a decoração natalina proporciona, que este ano deve ser 5% maior que em 2023.

“No Brasil, a ação da Black Friday tem sido diluída ao longo do mês de novembro e tem forte apelo para vendas online, mas com repercussões também na venda presencial, servindo como largada para os presentes de fim de ano”, comenta José Luiz Muniz, presidente da Apesce.

Sobre a geração de empregos neste período, de acordo com o presidente da Apesce, assim como ocorre no comércio de rua, a tendência é de as operações serem enxutas e em busca da máxima eficácia, portanto, sem a necessidade de um volume grande de temporários para o período. “Mas ainda assim, há uma demanda para reforço das equipes com vagas temporárias, tanto nos shoppings quanto, especificamente, nas lojas, que pode chegar a cinco mil postos de trabalhos por prazo determinado entre novembro e janeiro”, revela. A projeção leva em consideração não apenas os shoppings localizados no Recife, mas em todos os 22 shoppings de Pernambuco.

Para 81% dos empresários de bares e restaurantes, período deve ser de movimentação intensa

Tony Souza, presidente da seccional pernambucana da Abrasel. Foto: divulgação

No setor de bares e restaurantes, de acordo com a seccional pernambucana da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-PE), a expectativa para o período é positiva. Segundo levantamento produzido pela entidade, 81% dos empresários esperam um aumento nas vendas para o fim do ano, mesmo diante dos desafios enfrentados ao longo do ano.

“Sem dúvida, a inflação nos alimentos é um grande desafio, mas o otimismo se mantém. Muitos empresários têm investido em criatividade e eficiência para ajustar cardápios e garantir a atratividade para os consumidores. Além disso, as festas de fim de ano têm um papel fundamental no aquecimento das vendas, sendo um momento de celebração e consumo elevado. Esse movimento deve ajudar a compensar parte das dificuldades impostas pelos custos mais altos”, comenta o presidente da Abrasel-PE, Tony Souza.

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