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21 de março de 2025 01:36

Estado retoma cultivo do algodão para impulsionar economia e geração de empregos

Estado retoma cultivo do algodão para impulsionar economia e geração de empregos

Com apoio do IPA e da Embrapa, municípios pernambucanos testam novas variedades e buscam parceiros para reintroduzir o cultivo da fibra natural, fortalecendo a economia local
Foto: Abapa

A cultura do algodão, que foi uma das bases econômicas de Pernambuco até os anos 1980, está sendo reintroduzida no estado por meio de pesquisas conduzidas pelo Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) em parceria com a Embrapa Algodão, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), localizada em Campina Grande, na Paraíba.

Municípios como Taquaritinga do Norte, no Agreste, buscam apoio para reestabelecer a produção da fibra natural, que foi dizimada pelo bicudo-do-algodoeiro. O algodão já representou um símbolo de desenvolvimento na cidade, e a Prefeitura tem promovido mobilizações para auxiliar os agricultores na retomada dessa cultura.

Em janeiro deste ano, a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Meio Ambiente de Taquaritinga do Norte e produtores locais visitaram a Embrapa Algodão para buscar novas tecnologias que auxiliem no controle de pragas e garantam maior produtividade. O secretário da pasta, Renan Fagundes, destacou que a Embrapa já desenvolveu sementes mais resistentes, incluindo variedades transgênicas e métodos de plantio voltados para a agroecologia, que agregam maior valor ao produto no mercado.

Para viabilizar essa retomada, a prefeitura está em diálogo com empresas do setor e pretende apoiar os produtores no preparo do solo, fornecimento de sementes e assistência técnica.

Plantio experimental aponta viabilidade

Em 2024, o IPA e a Embrapa conduziram cultivos experimentais de algodão em Araripina, Ibimirim e Serra Talhada, no Sertão, além de Caruaru e Belém do São Francisco, no Agreste. O objetivo foi testar o desempenho de variedades de algodão branco e colorido em diferentes condições climáticas e tipos de solo.

Os resultados foram considerados positivos pelo pesquisador e coordenador do Programa do Algodão do IPA, Antônio Félix da Costa. Segundo observou à Folha de Pernambuco, os experimentos comprovaram que o cultivo do algodão é viável e, se conduzido corretamente, pode representar uma alternativa econômica sustentável para os agricultores pernambucanos.

Além dos testes realizados em parceria com a Embrapa, o IPA também desenvolve trabalhos voltados para médios e grandes produtores, bem como para a agricultura familiar. Segundo Costa, para os pequenos produtores, é essencial contar com uma estrutura de apoio que envolva os governos estadual e municipais, entidades certificadoras e empresas dispostas a adquirir a produção.

A recomendação dos especialistas é que os agricultores familiares priorizem o cultivo do algodão colorido natural, que dispensa tingimento e se alinha às tendências de sustentabilidade econômica e ambiental.

“O pequeno produtor precisa ter a garantia de venda. Não adianta produzir e não ter mercado. Por isso, é necessário o apoio de todas as entidades e dos governos estadual e municipal para viabilizar desde o preparo da terra até a comercialização”, ressaltou Costa.

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