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6 de dezembro de 2024 13:43

México é o principal destino dos produtos cearenses no 1º semestre deste ano

México é o principal destino dos produtos cearenses no 1º semestre deste ano

Exportações do Estado para o México alcançaram US$ 353,5 milhões

Por Samuel Quintela

Para Diário do Nordeste

O México se tornou no primeiro semestre deste ano o principal destino das exportações cearenses. Segundo dados do Comex Stats, em um estudo feito pelo Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), o total de vendas do Estado para o México alcançou US$ 353,550 milhões.

As exportações para o país foram puxadas pela alta demanda por itens de siderurgia e alumínio, crescendo 650% entre 2021 e 2022.

No contexto da balança comercial cearense, o Estado fechou este primeiro semestre com déficit, sofrendo pressão do cenário global e muito abaixo de resultados anteriores.

Segundo dados do Comex Stats, o saldo entre importações e exportações no primeiro semestre de 2022 foi 276,6% pior ante igual período do ano passado.

O dado é resultado de um crescimento de quase 100% nas importações entre 2022 e 2021, quando analisada a movimentação de mercadorias nos seis primeiros meses.

Entre janeiro e junho de 2021, o Ceará acumulou US$ 1,113 bilhão em exportações e US$ 1,539 bilhão em importações. Já em 2022, os números passaram para US$ 1,322 bilhão em exportações (alta de 18,8%) e US$ 2,926 bilhões em importações (alta de 90,1%).

Se no ano passado, o Estado fechou o primeiro semestre com uma balança comercial negativa de US$ 425,831 milhões, em 2022 o saldo foi fechado em US$ 1,603 bilhão negativo (um resultado 276,6% pior).

Apesar do resultado negativo, a gerente do CIN, Ana Karina Frota, ponderou o impacto negativo da balança comercial do Estado, destacando o cenário global de instabilidade nas cadeias produtivas como ponto crucial.

Segundo ela, o resultado deste ano foi puxado por um aumento considerável das importações de combustíveis, segmento que vem passando por diversas flutuações de preço por conta da guerra entre Rússia e Ucrânia.

“A reflexão sobre o déficit comercial precisa analisar o desempenho e também, produtos. No caso do Estado, verifica-se o aumento expressivo nas importações de combustíveis”, disse Karina.

RELAÇÕES COMERCIAIS 

Destaque relevante do estudo foi o apontamento do México como principal destino dos produtos cearenses no primeiro semestre, somando um total de US$ 353,550 milhões e atingindo a participação de 26,7% das vendas de produtos cearenses para o exterior.

Segundo Karina Frota, a capacidade de fornecer mais produtos nesse segmento foi uma das grandes transformações atravessadas pelo Estado em relação à balança comercial, ainda em 2016. Mais recentemente, o Ceará também passou a ter resultados puxados pelas exportações de pás eólicas.

“O perfil das exportações cearenses passou por uma relevante alteração a partir de 2016, quando iniciaram as vendas internacionais relacionados ao ferro e aço. Mais recente, a alteração foi por ocasião das exportações de pás eólicas”, comentou.

O ranking ainda segue com Estados Unidos (24% de participação), que compraram US$ 317,877 milhões em produtos locais, Espanha (US$ 81,099 milhões), Itália (US$ 76,663 milhões), Argentina (US$ 50,056 milhões) e Canadá (US$ 46,998 milhões).

Já as importações cearenses foram lideradas por Estados Unidos (US$ 908,624 milhões), com 31,1% de participação no total, e China (US$ 658,127 milhões), com 22,5% de participação.

Outro destaque foram os Emirados Árabes Unidos, que tiveram um aumento de 326.681% nos valores importados pelo Ceará. Em 2022, foram registrados US$ 263,548 milhões, enquanto, em 2021, foram apenas US$ 80,6 mil.

DESEMPENHO MUNICIPAL

Com relação aos dados por cidade, mais uma vez o município de São Gonçalo do Amarante, onde fica o Porto do Pecém, o destaque do Estado, segundo os dados do Comex Stats. Ao todo, a cidade foi responsável por exportar mais de US$ 738,549 milhões, ficando responsável por 55,7% do total registrado para o Ceará.

São Gonçalo ainda registrou 20,9% de alta entre 2021 e 2022, elevando também a participação nas exportações cearenses. Em 2021, o município acumulou 51,9% do total vendido para fora do país e somou R$ 610,834 milhões.

A lista ainda apresenta Fortaleza (US$ 99,315 milhões) com 7,5% das exportações do estado, e Maracanaú (US$ 95,300 milhões), com 7,2% de participação.

Já na parte das importações, Fortaleza liderou o ranking, com US$ 1,093 bilhão. O número do primeiro semestre de 2022 representa uma alta de 150,5% ante igual período de 2021, quando a Capital importou US$ 436,567 milhões.

A lista inclui também São Gonçalo do Amarante (US$ 846,573 milhões), Maracanaú (US$ 322,338 milhões), Caucaia (US$ 319,236 milhões) e Aquiraz (US$ 207,183 milhões).

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