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19 de março de 2025 18:17

Paraíba tem segundo maior crescimento na venda de varejos de 2024

Paraíba tem segundo maior crescimento na venda de varejos de 2024

Estado paraibano fica atrás apenas do Amapá, que teve alta de 15,5% no último ano
Foto: Divulgação

O varejo paraibano alcançou uma importante marca em 2024. De acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada no último dia 13 pelo Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), o volume de vendas do varejo da Paraíba registrou a segunda maior taxa de crescimento do país entre todos os estados da federação. Segundo dados do PMC, o setor cresceu 11,4% no último ano, ficando atrás apenas do Amapá, que teve alta de 15,5%. A média nacional ficou na casa dos 4,7%.

Iniciada em 1995 pelo IBGE, a Pesquisa Mensal do Comércio cria indicadores para acompanhar o comportamento do comércio varejista no país. Assim, o PMC é responsável por expor os resultados mensais da variação de volume e receita nominal de vendas para o comércio varejista e comércio varejista ampliado (automóveis e materiais de construção) para o Brasil e os estados. Os resultados são divulgados através do Sistema IBGE de Recuperação Automática – SIDRA.

No Nordeste, todos os estados tiveram um crescimento acima da média nacional, que ficou em 4,7%. Além da Paraíba, que registrou a maior alta, o Ceará ficou em segundo no volume de vendas do varejo na região, com 7,8%. O estado da Bahia fecha o pódio dos maiores índices com 7,4%. Entre aqueles com os resultados mais modestos estão o Maranhão com 5,7% e Rio Grande do Norte e Pernambuco ficaram empatados com os rendimentos mais discretos, ambos os estados obtiveram 5,4% de crescimento.

Ao longo dos 12 meses do ano a Paraíba acumulou índices positivos nas vendas do varejo. Dessa forma, em três oportunidades o estado alcançou os maiores números do país (fevereiro, junho e outubro), e em outros quatros meses foi a segunda maior taxa do Brasil (maio, julho, agosto e setembro). Além disso, em todo ano o estado paraibano conseguiu um crescimento acima de dois dígitos em 8 oportunidades, nos meses de: fevereiro, abril, maio, junho, julho, agosto, setembro e outubro. Dessas, os maiores crescimentos foram nos meses de agosto com 19,9%; outubro, no qual teve 19,1% e julho com 18% de alta.

Para o Secretário de Estado da Fazenda (Sefaz-PB), Marialvo Laureano, o crescimento no setor de vendas do varejo paraibano é reflexo da força da economia no estado. “O varejo representa exatamente a roda da economia girando com mais força na Paraíba. Nós vemos isso exatamente na geração de emprego, que foi recorde em 2024. O varejo também está relacionado  com o aumento do consumo, foram mais de R$102 bilhões de consumo no último ano, tudo isso devido a uma gestão fiscal equilibrada, que proporcionou investimentos estruturantes, em parcerias com a iniciativa privada, que proporcionou também mais empregos. É exatamente a roda da economia girando” – comentou o secretário.

Já o economista e professor do departamento de economia da Universidade Federal da Paraíba, Cássio Besarria, ressalta outros fatores para o crescimento das vendas do varejo. Além da redução da taxa de desemprego, Besarria apontou para um aumento no rendimento médio real das pessoas, uma vez que, agora o aumento do salário mínimo leva em conta não apenas a inflação como também a taxa de crescimento  da economia, o que faz com que o poder de compra, em geral, fique maior. Contudo, o professor faz uma ponderação: “As condições de crédito também podem explicar esse aumento das vendas. Com o crescimento da renda, as pessoas estão com mais acesso ao crédito o que faz com que elas consumam mais. Porém, o aumento no número de vendas talvez esteja acontecendo porque as famílias estão se endividando mais para consumir. Portanto, existem tantos fatores positivos e negativos que podem ajudar a explicar esse aumento do varejo na Paraíba” – explicou o professor Cássio Besarria.

Em relação às atividades pela PMC no âmbito do varejo ampliado, das 11 observadas, a Paraíba possuiu oito que encerraram o ano de 2024 no positivo, são elas: artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria; veículos e motos, partes e peças, outros artigos de uso pessoal e doméstico; material de construção; hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; móveis e eletrodomésticos; tecidos, vestuário e calçados; e equipamentos e material para escritório, e informática e comunicação.

O que esperar de 2025?

Diante de um cenário de crescimento ao longo de todo 2024, há expectativas para que a Paraíba volte a repetir este feito em 2025. Contudo, é possível esperar obstáculos para alcançar as marcas estabelecidas no último ano. O secretário Marialvo, apesar de afirmar que espera manter o rendimento neste ano,  se mostra preocupado com as altas taxas de juros no país, segundo ele, essa taxa é “ruim para toda a economia”.

Por fim, Cássio Besarria também acredita que a venda no varejo da Paraíba irá manter o viés de alta. Porém, na visão dele, para o crescimento se manter em 2025 é preciso que a renda continue aumentando, a taxa de desemprego continue caindo e as pessoas continuem tendo acesso a carta de crédito.

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