Localizado na região do Baixo São Francisco, o Platô de Neópolis se consolidou como um dos principais polos de fruticultura de Sergipe, destacando-se pela produção de frutas e coco verde. Em 2024, a produção atingiu quase 160 mil toneladas de frutas, 51 milhões de cocos e 1,9 milhão de metros quadrados de grama ornamental e esportiva.
Administrado pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), o Platô de Neópolis está dividido em 41 lotes, ocupados por 40 concessionários, que atuam na produção e na manutenção da infraestrutura local. A seleção dos concessionários é feita via licitação pública, e cada produtor deve oferecer uma contrapartida ao Estado. Além disso, pagam uma taxa anual com base no valor da terra.
O engenheiro agrônomo Paulo Feitosa, gerente de contratos da Coderse, explica que cada lote possui uma infraestrutura completa para garantir a irrigação adequada das plantações. “Cada área conta com um reservatório compatível para armazenamento de água, garantindo a produção durante todo o ano”, detalha.
Produção e exportação
Com forte presença no mercado interno, o Platô de Neópolis abastece estados do Nordeste e do Sudeste, destacando-se na produção de manga, banana, limão, tangerina, goiaba e mamão. O coco verde é um dos principais produtos, com uma produção anual de cerca de 80 milhões de frutos.
“Fornecemos frutas para o mercado interno e enviamos coco para São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, e mamão para o Maranhão e Distrito Federal”, afirma Ricardo Barroso, gerente da Associação dos Concessionários do Distrito de Irrigação do Platô de Neópolis (Ascondir).
Impacto social e geração de empregos
Além da relevância econômica, o Platô de Neópolis também tem grande impacto social, gerando cerca de 3 mil empregos diretos e diversos postos de trabalho indiretos. A maioria dos trabalhadores é formada por moradores locais, impulsionando o desenvolvimento regional.
Aloísio Santos, montador de irrigação, destaca como o projeto transformou sua vida. “Desde que surgiu o Platô, minha vida melhorou 100%. Minha família também foi beneficiada”, conta ele, que agora trabalha ao lado de seu sobrinho, Edson Brandão.
O engenheiro agrônomo Paulo Feitosa reforça que o Platô é um dos principais projetos de desenvolvimento da região. “Com a geração de empregos e a produção constante de alimentos, esse empreendimento tem um enorme valor socioeconômico”, enfatiza.