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14 de maio de 2024 20:15

Stellantis vai investir R$13 bi até 2030 em polo de produção no Nordeste

Stellantis vai investir R$13 bi até 2030 em polo de produção no Nordeste

O investimento é um dos maiores já realizados por uma empresa privada na história da região
Foto: Inês Campelo -Jeep – Divulgação

A Stellantis anunciou nesta quinta-feira (25) que vai investir R$ 13 bilhões em seu polo industrial em Goiana (PE) entre 2025 e 2030, em uma estratégia para o lançamento de novas plataformas de veículos e a melhora da competitividade produtiva diante da chegada de rivais asiáticos ao país.

O investimento é um dos maiores já realizados por uma empresa privada na história da região e com ele a companhia pretende, além de lançar novos modelos de veículos, elevar o número de fornecedores locais da fábrica pernambucana dos atuais 38 para 100. O objetivo é conseguir economias de custos de produção pela proximidade das peças que equipam seus modelos na região, afirmou Emanuele Cappellano, presidente da Stellantis América do Sul, a jornalistas.

Em Goiana, a Stellantis produz modelos utilitários esportivos como Jeep Renegade, Compass e Commander, além da picape Fiat Toro. A capacidade da fábrica é de 280 mil carros por ano, algo que a Stellantis ainda não atingiu, afirmou o executivo, sem detalhar o nível de utilização da unidade.

“Queremos um parque de fornecedores mais amplo para aumentar a competitividade do polo”, disse Cappellano. “O polo ainda sofre de falta de competitividade”, acrescentou, citando questões envolvendo infraestrutura da região e escassez de pessoal capacitado.

O executivo não deu detalhes sobre os investimentos, mas afirmou que a fábrica receberá recursos para a produção de veículos em plataformas que possam receber, além de motores a combustão, propulsores híbridos, bem como haverá aportes adicionais em áreas incluindo segurança veicular.

Segundo o executivo, atualmente o nível de nacionalização de componentes da Stellantis no Brasil é de “mais de 80%”, mas a empresa produz apenas modelos a combustão no país. Um anúncio sobre o primeiro veículo híbrido do grupo a ser fabricado no país deve ser feito a partir do segundo semestre, afirmou.

Questionado sobre Goiana, Cappellano afirmou que o índice de nacionalização do complexo está “um pouco abaixo dos 80%”. Segundo ele, “produção local significa menor custo e menor efeito de volatilidade do câmbio nas importações e menor custo de manutenção para o cliente”.

O valor do investimento em Goiana está inserido nos 30 bilhões de reais que a companhia pretende injetar no Brasil até 2030, conforme anúncio da Stellantis do início de março.

O restante dos recursos, R$ 17 bilhões, serão distribuídos pelas outras duas fábricas de veículos que a companhia tem no Brasil: uma em Betim (MG), que produz modelos da Fiat, e uma em Porto Real (RJ), que atualmente monta carros da Citroën.

Este ano, a Stellantis já lançou no Brasil três veículos, incluindo a nova picape Fiat Titano e a apresentação do “utilitário coupe” Citroën Basalt. Até o final do ano, o grupo de montadoras pretende lançar mais seis veículos no Brasil. No total do plano de investimento até 2030, serão 40 modelos novos na região, oito powertrains e quatro plataformas “biohybrid”, a marca da empresa para designar modelos híbridos flex.

Segundo Cappellano, a Stellantis poderá fabricar um carro elétrico no Brasil até 2030. “Estamos contemplando lançamento de elétrico, mas isso depende de tendência de mercado e sustentabilidade financeira. O problema é quanto desses carros podem ser absorvidos pelo mercado”, disse o executivo, citando que no Brasil um carro elétrico custa US$ 10 mil a mais que um carro a combustão para ser produzido.

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