O mercado de aluguéis imobiliários do Nordeste apresentou um cenário de contrastes em agosto de 2024, de acordo com dados da Superlógica, plataforma de gestão imobiliária. Alagoas se destacou positivamente ao registrar a menor taxa de inadimplência da região, com apenas 1,93%. Em contraste, a Paraíba e o Ceará enfrentam sérios desafios, com índices muito acima da média nacional de 3,12%.
Alagoas: exemplo de estabilidade
Com 1,93% de inadimplência nos aluguéis, Alagoas lidera o ranking de bons pagamentos não apenas do Nordeste, mas de todo o Brasil, consolidando-se como um estado de referência na administração de aluguéis. Esse resultado reflete um cenário de estabilidade econômica, com os locatários mantendo em dia suas obrigações financeiras.
Paraíba e Ceará: um cenário de alerta
Se Alagoas desponta como modelo de sucesso, a Paraíba e o Ceará representam o oposto. A Paraíba registrou a preocupante marca de 11,58%, a segunda maior taxa de inadimplência de aluguéis do país, perdendo apenas para o Amazonas (13,66%). O Ceará também não fica atrás, com uma inadimplência de 6,11%, revelando desafios estruturais e econômicos que afetam o cumprimento dos contratos de aluguel.
Estados do Nordeste com maiores taxas de inadimplência:
- Paraíba – 11,58%
- Ceará – 6,11%
- Maranhão – 5,93%
- Bahia – 4,07%
- Piauí – 3,96%
O contraste entre esses estados revela disparidades econômicas significativas na região. Segundo especialistas, as dificuldades financeiras enfrentadas por locatários nesses estados estão ligadas ao aumento do desemprego e à alta do custo de vida, o que compromete a capacidade de honrar pagamentos como o aluguel.
Impacto regional e comparativo nacional
Embora Alagoas tenha apresentado uma inadimplência baixa, o Nordeste, como um todo, registrou uma média de 4,91%, superior à média nacional de 3,12%. Estados como Sergipe, que também se destacou com uma taxa de 2,21%, ajudaram a equilibrar o cenário regional, mas a realidade de estados como Paraíba e Ceará ainda exige atenção.
Estados do Nordeste com menores taxas de inadimplência:
- Alagoas – 1,93%
- Sergipe – 2,21%
Por outro lado, em nível nacional, as regiões Sul e Sudeste registraram as menores médias, com 2,54% e 2,82%, respectivamente, destacando a estabilidade nos pagamentos de aluguel nessas áreas.
O que dizem as imobiliárias?
Para entender melhor as estratégias que podem ajudar a reduzir a inadimplência, entrevistamos Nicole Zampieri, diretora de locações da Zampieri Imóveis. “A redução da inadimplência sempre foi uma prioridade para nós. Nosso objetivo é manter uma taxa de inadimplência próxima de zero, e para isso adotamos três pilares principais: uma análise de crédito rigorosa, um processo de cobrança eficiente e uma assessoria jurídica especializada”, explica Nicole.
Ela reforça que o trabalho eficiente de uma administradora imobiliária pode ser a chave para o sucesso na gestão de aluguéis. “Contar com profissionais especializados, tanto na gestão como na área jurídica, é essencial para reduzir a inadimplência e garantir a tranquilidade do proprietário”, conclui.
Nicole concluiu enfatizando que, com uma estrutura bem organizada, o proprietário pode focar na rentabilidade do imóvel, sem preocupações com inadimplências ou outras surpresas desagradáveis.
